Москва'2011(Moscow/Russia) from zweizwei |motion timelapse| on Vimeo.
Feito pelo Russo Artem Sergeevich em Moscou, nos meses de Junho, Setembro e Outubro de 2011.
Cameras: Canon 5D Mark II e 60D.
Toda imagem RGB pode ser codificada em 256 ou 32.769 níveis por canal.O que um espaço de cor faz é organizar esses níveis dentro de um espectro visível, ou da quantidade de cor que podemos enxergar. Ou seja, o espaço de cor determina a quantidade de cor que podemos abranger com a informação disponível. Existem milhares de espaços de cor, mas atualmente nós fotógrafos trabalhamos a maior parte do tempo apenas com dois:
Um dos mais utilizados pelos fotógrafos, principalmente em imagens que serão impressas em gráficas ou inkjets como a HP Z3100. Com uma gama de cores relativamente grande, engloba as cores da impressão offset e grande parte das cores possíveis com inkjet. Este perfil foi desenvolvido pela Adobe exatamente com o propósito de ser um espaço de cor compatível com a impressão baseada em tintas.
É o segundo espaço de cor mais utilizado. Desenvolvido pela Microsoft e HP para representar a capacidade de reprodução de cores de um monitor CRT (tubo), acabou se mostrando também o mais adequado para impressões em minilabs (que usam emulsões químicas gravadas por laser no lugar de tinta). Menor que o Adobe RGB, tem como característica ser bastante adequado para a visualização em websites, apresentações multimídia, impressões em minilabs e uso em aplicativos que não possuem gerenciamento de cores, mas exibem arquivos em RGB. Você já deve ter percebido pelas imagens acima que o sRGB guarda pouca informação sobre verde e azul, enquanto o Adobe RGB já consegue gerenciar melhor as informações nesses tons. Se você já fotografou algum show ou apresentação com iluminação colorida deve ter percebido que ao fotografar em sRGB o canal vermelho ‘estoura’ com grande facilidade, e mesmo em RAW você nem sempre consegue recuperar o tom original da foto.
Por esse motivo algumas pessoas dizem que o perfil sRGB teria dois canais de vermelho, o que já vimos não é verdade, o perfil apenas não guarda informações das cores opostas ao vermelho, que são o azul e o verde, necessárias para contra-balancear as informações.
Agora que já entendemos o funcionamento básico de um perfil de cor, podemos esclarecer outras formas de utilizá-los, como por exemplo na calibração do monitor. Afinal, nada mais frustante do que trabalhar horas a fio para deixar suas fotos lindas, e quando imprimir ou passar por email ela estar completamente destruída.
Quem já visitou qualquer loja que venda eletrônicos provavelmente parou para ver a parede de televisores. Gigantes de plasma, projetores e simpáticas tvs de 14 polegadas, todas sintonizadas na mesma novela, ou no mesmo dvd. Você já parou para pensar no porquê disso? Como a mesma imagem pode ser interpretada de maneiras diferentes por aparelhos diferentes? Os monitores emitem luz em porcentagens contraladas de vermelho, azul e verde para reproduzir as cores das imagens em pequenos pontinhos, os nossos amigos pixels. Mas como temos essas variações de cores se todas as tvs estão recebendo o mesmo sinal vindo da mesma emissora ou do mesmo aparelho de dvd?
Simples, porque assim como as pessoas, nenhum dispositivo é igual a outro. Até dois monitores de uma mesma marca e modelo podem apresentar um azul ligeiramente diferente, simplesmente por serem dois exemplares fisicamente distintos. Os colorantes usados para determinar o vermelho, o azul e o verde podem ser ligeiramente diferentes, o que já é suficiente para que as cores não casem.
Uma das grandes limitações dos sistemas de cores é que eles apenas descrevem um ‘receita’ de cor, mas não a aparência exata. Que cor é R0 / G218 / B0 ? Verde, mas o tom exato de verde vai depender do monitor. O que nos deixa sem referência, em frente a uma parede de televisores. Mas então ser cada monitor tem um RGB levemente diferente, como fazer para as imagens terem as mesmas cores em vários monitores diferentes? Aí entra em cena a calibração através de um colorímetro. Basicamente o colorímetro mede a intensidade dos padrões RGB de um monitor e cria um perfil específico para monitor. Esse colorímetro percebe que o verde do meu monitor é R0 /G218 / B0 (comparando com um banco de dados interno, esses valores são os que fazem o verde do meu monitor ficar igual ao verde padrão do colorímetro) e que no monitor do lab que imprimo o verde é R0 / G223 / B3.
Assim o colorímetro gera um perfil que o computador salva como um arquivo .ICC (o mesmo que algumas placas de vídeo trazem nos dvds de instalação) com as informações para quando você levar suas imagens para outro computador, basta levar junto seu perfil ICC que você terá os mesmos resultados.
Então ser você quer que as fotos que você trabalhou por tanto tempo para ficarem com as cores perfeitas sejam impressas exatamente iguais, o melhor que você pode fazer é ir no lab que você faz suas impressões e pedir o perfil de cores da impressora que eles usam.
Se você já instalou uma impressora na sua casa deve saber que nas opções de impressão você pode escolher o tipo de papel, gramatura e outras firulas. Para cada uma dessas diferentes opções a impressora tem um perfil de cor diferente, porque em cada situação a tinta é absorvida pelo tipo de papel de forma diferente, e quando uma tinta seca a cor fica levemente diferente. Sabendo a marca e modelo da impressora do seu lab, você pode procurar os perfis de cores na internet, ou até mesmo no próprio site do fabricante. Então quando você já sabe qual impressora e qual tipo de papel vai usar para o trabalho final, você vai nas opções de visualização do seu monitor e usa o perfil adequado, e quando você imprimir as fotos terão as cores exatas que você tanto trabalhou para alcançar.
Bom pessoal, por enquanto é só. Este artigo é uma breve explicação sobre as diferenças entre os perfis de cores, e como eles influenciam na imagem final. Claro que o tema é muito mais complexo, temos outras várias considerações, mas basicamente já conseguimos entender a importância de escolher o perfil certo já no momento da captação para evitar imprevistos na hora da pós, e como um monitor calibrado de acordo com o modo de impressão vai fazer com que tanto trabalho em busca das cores perfeitas não vá por água abaixo na hora da impressão e você tenha que refazer tudo.
Boatos estavam correndo na internet já há algum tempo, mas agora se torna realidade. A nova Sony Alpha 77 está chegando ao mercado e parece ser uma ótima câmera. Porém, sempre fica aquela pulga atrás da orelha. A primeira coisa que sempre me deixa triste é a utilização da tecnologia do espelho translúcido. Tudo bem que melhora a velocidade do sistema de autofocus no modo Live View, mas obriga a câmera a utilizar o view finder eletrônico. A Sony já anunciou que não vai mais trabalhar com visor ótico, mesmo em suas câmeras profissionais, então é melhor ir se acostumando. A segunda coisa é que todas as câmeras reflex da Sony que já peguei na mão (estou falando dos modelos de entrada) pareciam ser câmeras de brinquedo. Muito frágeis e com acabamento bem pobre. E por último temos a qualidade de imagem. As Sony Alpha sempre tiveram um probleminha com ruído.
Mas, talvez isso esteja melhorando. Olhando para a Alpha 77 eu vejo uma câmera que pode mudar um pouco essa história. O corpo do equipamento é feito de plástico industrial e metal, mostrando a durabilidade da câmera. O design não é dos melhores, mas talvez seja apenas minha mente apegada aos desenhos mais tradicionais. Outra coisa que faz diferença, pelo menos para mim, é a durabilidade do obturador prometida para 150 mil disparos. Características que já podem candidatar a câmera para alguns trabalhos profissionais. Outro conforto muito bem vindo são os dois visores LCD. Um na parte de trás da câmera (articulado) e outro superior, perto do botão disparador. Pode parecer bobeira, mas ajuda muito ter algumas informações disponíveis na parte de cima da câmera. Fechando a parte do design, temos uma empunhadura suave e ao mesmo tempo bem cavada, propiciando uma boa pegada, mesmo para quem tem mãos grandes.
A câmera chega ao mercado com um sensor CMOS APS-C de 24 megapixels. Aqui vamos a outra observação. Será que precisamos de tudo isso? Tudo bem que as possibilidades de corte na imagem se multiplicam e as impressões em grandes formatos ficam mais folgadas, mas penso que 18 megapixels seriam mais do que suficientes. Imaginem o tamanho do arquivo RAW gerado. Porém, outras características técnicas são muito interessantes. Por exemplo, a câmera pode fazer 12 fotos por segundo no modo contínuo. Essa é uma quantidade de fotos de respeito para um equipamento intermediário. Outra coisa que coloca a câmera um patamar acima da concorrência é a existência de contato PC para cabo de sincronismo. Tudo bem que atualmente tem muito radio flash no mercado com preço acessível, mas o cabo de sincronismo já me salvou em algumas situações. Por fim, a câmera possui um view finder eletrônico OLED com a resolução de 2,4 megapixels. Eu gostaria muito de ver a capacidade de representação da imagem desse novo visor. No mais, a câmera pode produzir vídeos em alta definição Full HD, velocidade ISO entre 100 e 16.000, velocidade do obturador chegando a 1/8000, microfone estéreo e possibilidade de micro ajuste do foco.
O Dpreview (sempre eles) já conseguiram colocar a mão em uma unidade da câmera e fizeram um pequeno teste e já colocaram no ar uma galeria com amostras de imagens. Olhando para o geral a câmera mostra uma boa representação de cores e detalhes. A maioria das fotos foram feiras de dia, mas algumas mostram a utilização do ISO 1250. Infelizmente, nessas condições o ruído já se torna evidente nas imagens. Pensando que a D7000 da Nikon, uma câmera que estaria um pouco abaixo da categoria da Alpha 77, pode chegar ao ISO 2000 de maneira tranqüila, então a Sony teria que correr um pouco mais no caminho da qualidade de imagem. Estranho, pois a câmera tem tudo para ser um produto de grande sucesso, mas esse pequeno detalhe do ruído sempre estraga um pouquinho a festa.
A nova Sony Alpha 77 vai estar a venda por US$ 1.400,00 (somente o corpo) ou por US$ 2000,00 com a nova lente SAL 16-50mm f2.8.
FONTE: Meio Bit
Existem diversos espaços de cores utilizados por câmeras, monitores, softwares, impressoras etc. Cada espaço de cores tem por objetivo óbvio reproduzir cores. Não entrarei nos pormenores por não querer tirar a “diversão” deste aprendizado.
Cada espaço de cor possui um pequeno número de canais, que quando concatenados formam uma determinada cor. Vejamos dois espaços de cores bem comuns e os canais inerentes a estes.
1. Espaços de cores
1.1. RGB - A grande maioria das câmeras fotográficas utiliza espaços de cores RGB (RGB, sRGB, ADOBE RGB) quando fotografamos em JPEG, sendo formado por três canais:
R = RED (Vermelho)
G = GREEN (Verde)
B = BLUE (Azul)
1.2. CMYK – Espaço muito utilizado para saídas de impressão. Este é formado por quatro canais, mas nem vou citar o preto (K) na grade:
C = CYAN (Ciano)
M = MAGENTA (Magenta)
Y = YELLOW (Amarelo)
K = BLACK (Preto)
2. Tipos de correlações entre os espaços de cores
2.1. Correlação Complementar (ou Oposta) – Se dá quando uma cor é cancelada pela sua cor oposta.
Exemplo: Se uma fotografia possuir muito vermelho (RED) ela pode ser corrigida com a adição da sua cor complementar (ou oposta), o ciano (CYAN)… Opa, taí uma maneira de tratar o vermelho sem ter de alterar a saturação ou luminosidade, por exemplo! Continue comigo que isto logo fará sentido!
2.2. Correlação Harmônica (esta não será alvo deste artigo) – Se dá quando as cores “viajam” de forma suave, transitando de uma para a outra segundo uma ordem semelhante, tal como uma canção. As luzes do céu durante o por do Sol são um ótimo exemplo (vão do vermelho ao amarelo, passando pelo laranja.
3. Correlacionando cores complementares entre os canais RGB e CMYK
Toda cor possui outra cor complementar ou oposta. A cor oposta cancela a cor existente – uma técnica de correção de cores é adicionar a cor oposta àquela existente numa fotografia. O interessante é que os espaços RGB e CMYK são opostos um ao outro, então:
Abaixo isto fica mais claro.
Um ótimo exemplo é a ferramenta Color Balance no Photoshop CS4 ou CS5. Mais para frente falaremos do Lightroom, pois o exemplo abaixo é para facilitar o entendimento.
Uma fotografia com tons predominantes de amarelo (YELLOW) pode ser “ajustada” com que cor???
Resposta: Com sua cor complementar BLUE (azul). Mas este ajuste é gradativo, ou seja, a medida que adicionamos azul o amarelo vai ficando menos evidente, até que o azul se torne predominante se exagerarmos na dose!
4. Formação de cores a partir das cores complementares
A “mistura” de duas cores de um mesmo espaço de cores forma uma das cores do outro espaço, ou seja, se misturarmos duas cores do espaço RGB obteremos uma do espaço CMYK e vice-versa.
Observemos a grade abaixo:
4.1. Cores RGB formando cores CMYK
R (RED ou Vermelho) + G (GREEN ou Verde) = Y (YELLOW ou Amarelo)
R (RED ou Vermelho) + B (BLUE ou Azul) = M (MAGENTA ou Magenta)
G (GREEN ou Verde) + B (BLUE ou Azul) = C (CYAN ou Ciano)
4.2. Cores CMYK formando cores RGB
C (CYAN ou Ciano) + M (MAGENTA ou Magenta) = B (BLUE ou Azul)
C (CYAN ou Ciano) + Y (YELLOW ou Amarelo) = G (GREEN ou Verde)
M (MAGENTA ou Magenta) + Y (YELLOW ou Amarelo) = R (RED ou Vermelho)
Toda edição de imagens, com intuito de correção de cores e ajustes de balanço de branco, aplicação de efeitos e outros passa por esse entendimento!
5. Balanço de branco e o Lightroom
Muito se fala sobre WB (White Balance ou Balanço de Branco) no Lightroom. A ferramenta e suas funcionalidades são amplamente divulgadas em diversos meios de comunicação (blogs, sites, youtube…). Prefiro mostar alguns fundamentos, sendo:
A imagem acima mostra a opção de ajuste customizado e Balanço de Branco (WB) no Lightroom, onde, através de barras deslizantes o usuário pode corrigir o Balanço de Branco ou mesmo impor aparência artística ao trabalho. Não será o objetivo deste artigo demonstrar as formas de correção, mas sim esclarecer o que está por trás ou, ao menos, uma das abordagens possíveis – que nunca será a última ou qualquer realidade intrasponível.
Observando o painel temos o slider Temp (Temperatura) e Tint (Tinta):
5.1. Temperatura – Tonalidade global de um ambiente pode ser estimada (com erros) pelas nossas câmeras. Estas usam a mesma analogia que o nosso sistema visual.
Olhe para um prédio a noite. Você verá várias janelas, busque os apartamentos que tem alguma luz acesa e compare a tonalidade de uma dessas janelas com outra. Rapidamente perceberá que um ambiente tende a ter tonalidade laranja, outro azul, um terceiro verde.
O ambiente em que você se encontra tem alguma tonalidade global, que talvez você não perceba, pois seu sistema visual pode ter se adaptado ao ambiente. Que correções são essas?
Para simplificar… A natureza nos deu um mecanismo que compensa a luz ambiente de forma que qualquer elemento branco nos pareça branco, bem como todas as outras cores.
Imagine uma noiva, que pela tradição comum, usa um vestido branco. Se ela estiver numa sala, sobre uma lâmpada incandescente, você saberá que o vestido dela é branco. Se ela estiver na cozinha, sobre luz fluorescente você continuará sabendo que o vestido dela é branco, assim como todas as outras cores poderão ser identificadas.
Imagine a noiva lá naquele prédio cheio de janelas… Se fosse possível ver uma noiva com o mesmo vestido em cada apartamento logo você notaria que o tecido teria uma tonalidade diferente em cada janela.
Numa janela tenderia ao azul, noutra ao verde, ao laranja… Mas se você estivesse dentro do mesmo ambiente que a dama, após alguns minutos, logo não notaria diferenças tão marcantes do branco do vestido. É claro que o desvio de tonalidade pode ser suficiente para que você ainda perceba a “tonalização” ou tendência dos objetos no ambiente a cor da fonte emissora de luz.
Nossas câmeras, dependendo da escolha de balanço de branco, tenta ou aplica fatores de correção de cores para neutralizar a luz refletida por objetos fotografados. Em teoria a função básica do ajuste de balanço de branco na câmera é designado para que o branco seja interpretado como branco, mas essa correção não é exclusiva ao branco, acertar o branco permite que a câmera calcule os desvios e ajuste todo o quadro.
A idéia é a mesma do vestido… Se a câmera “souber” (for informada) que o vestido da noiva é branco, então um fator de correção adicionará cores complementares (ou opostas) para cancelar os desvios de cor do ambiente. Fotógrafos(as) mais experientes usam a correção de branco como elementos artísticos de composição.
Câmeras permitem três tipos de ajuste:
5.1. Tint – Funciona como um refino casado com temperatura. Agora é que vem o pulo do gato.
Observe as cores das barras deslizantes da correção de balanço de branco no Lightroom…
A barra Temp vai do azul ao amarelo, ou dos tons “frios” (azuis) aos tons quentes (amarelos). A barra Tint vai do verde aos magenta.
Se você recapitular o que vimos lá em cima (capítulo 4)… hummmm… verá que temos cores (tons) implícitos quando combinamos o uso das barras.
Se movermos Temp até o extremo direito teremos amarelos adicionados na fotografia e, se movermos o marcador do slider Tint na mesma direção teremos magenta cada vez mais evidente, então essa mistura forma o vermelho.
Se movermos o marcador do slider Temp para o canto esquerdo teremos o azul adicionado e, se movermos o marcador do slider Tint indo para a mesma direção teremos o verde adicionado. Adicionar verde e azul forma o Ciano.
Em resumo a correção de balanço de branco do Lightroom funciona (também) no esquema de cores complementares. Brincar com elas cria cores e tons implícitos e/ou cria evidencia outros. Acho fascinante!
Outra grande dica é usar o painel Camera Calibration, também no módulo Develop (Revelação) e se surpreenderá com o quanto poderá refinar seus ajustes de balanço de branco ou seus tratamentos artísticos.
Uma bela dica é usar o ajuste Tint para as sombras (Shadows) presente nesse painel!!! Não pense que isto é novo… Pesquise e achará um mar de informação, pois apenas arranhei a superfície!
FONTE: Lightroom Brasil
Está ficando perigoso ser fotógrafo, principalmente nas grandes cidades. Notícias de assaltos são o que não falta no meio fotográfico. Se você acompanha as listas de discussão e fóruns de fotografia, toda semana temos histórias de profissionais que perderam tudo durante uma sessão de fotos externa. São perigos de se fotografar em locais com pouco movimento ou então perto da zona rural ou parques afastados, principais locações para ensaios com noivos (pré-wedding ou trash the dress) ou books fotográficos. Mas, nessa semana tivemos duas notícias que mostram que o perigo pode estar mais perto do que pensamos.
A primeira correu o Youtube e todo mundo ficou sabendo. Caso clássico, você faz um casamento, recebe uma parte antes da cerimônia e o resto você deixa para depois. Só que esse depois pode levar muito tempo dependendo da situação financeira do novo casal. No vídeo abaixo, o noivo tenta levar o material produzido sem pagar a segunda parcela da dívida. Poderíamos apontar tanto erros do fotógrafo quanto do cliente nesse momento, mas tudo fica muito mais tenso quando uma arma está envolvida na discussão.
O segundo caso seria hilário se não fosse traumático e preocupante. Um casal no Rio de Janeiro é acusado de tramar um assalto para não ter que pagar por um álbum de formatura. A história é a seguinte. Fotógrafa é contratada para registrar uma formatura. O trabalho fica em R$ 1600,00 e o produto a ser entregue à mãe da formanda é um álbum impresso. A mãe não tem a grana para pagar pelo serviço, mas quer muito ter o registro da formatura da filha. Qual a idéia brilhante? Vamos assaltar a fotógrafa. Um encontro é marcado para que seja feita a compra do álbum. No momento em que estão as duas juntas aparece um ladrão encapuzado e rouba o álbum de formatura. Eu já ficaria extremamente desconfiado pelo fato do meliante levar o álbum.
As duas vão até a delegacia prestar queixa e através da descrição do elemento ele logo é encontrado e preso (que cara de azar). Ao ser reconhecido pela vítima a mentira vem à tona. A cliente e o ladrão eram namorados e armaram tudo para não ter que pagar pelo álbum. Em todo esse rolo, só fico pensando que o namorado que se fingiu de ladrão não deve ser um indivíduo muito correto em sua vida para que a polícia o encontrasse tão rápido assim. Vejam a história com nomes e locais clicando aqui.
Ser prestador de serviços pode ser uma vida cheia de incertezas. Você não sabe se o mês vai render o suficiente para fechar as contas e também não sabe o que o futuro lhe aguarda. Mas, duas coisas são certas, atender cliente em sua própria casa pode ser uma coisa complicada por vários fatores e marcar encontros em locais com grande movimento (abertos) pode também lhe render uma dor de cabeça. Antes de prestar um serviço sempre firme um contrato. Não demora nada e não vai te machucar. Se der problema deixe a justiça resolver. Não vale a pena passar por sufoco ou perder a vida tentando resolver essas pendengas.
FONTE: Meio Bit