sexta-feira, 29 de julho de 2011

Câmera de vídeo que grava filmes em HDR

O HDR vai conquistar o mundo. A sigla quer dizer Grande Alcance Dinâmico e na fotografia conseguimos esse efeito mesclando no mínimo três fotos que tenham sido feitas com diferentes aberturas de diafragma. A idéia é boa, pois permite manter informações tanto nas regiões de sombra quanto nas de altas luzes. O problema é que tem muita gente exagerando um pouco na receita da coisa e criando imagens que fogem completamente da realidade. Algumas ficam muito legais, mas outras extrapolam um pouco o bom gosto. Porém, esse tipo de foto se tornou tão popular que algumas câmeras fotográficas mais avançadas já estão saindo de fábrica com a capacidade de fazer a construção dessas fotos internamente.

Agora, como mais uma prova da popularidade do HDR, chegou ao conhecimento do grande público a primeira câmera de vídeo que faz filmes em HDR instantaneamente. Já tivemos algumas experiências com pessoas utilizando duas câmeras e depois juntando esses vídeos, mas o equipamento que está sendo mostrado agora faz o vídeo em HDR ao mesmo tempo que está filmando. A câmera chamadaAMP HDR produz vídeos em Full HD (1080 pixels) com 24 ou 30 quadros por segundo. Mas, o diferencial que torna o HDR possível é o fato da lente do equipamento dividir a luz em três partes que atingem os três sensores da câmera. Cada um deles captura a luz com o diafragma necessário para a produção de um HDR.

Claro que a idéia é bacana e os vídeos de amostra dizem que isso é possível. Mas, o equipamento ainda precisa de muito desenvolvimento para ser lançado comercialmente. Um bom design seria bem vindo, visto que a câmera ainda é muito feia. Porém, uma grande vantagem da coisa toda, é que a câmera se utiliza de lentes Nikkor, já que é compatível com a baioneta F da fabricante japonesa. Vejam abaixo um pouco do que foi mostrado no anúncio do equipamento.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Microsoft Camera Codec Pack – visualize RAW no Windows 7

Você é um fotógrafo avançado que só fotografa em RAW e fica frustrado de não conseguir visualizar as imagens sem um programa específico de conversão? Bem, esse era um problema do Windows Vista e Windows 7. As imagens, depois de importadas para uma pasta especifica no seu computador, se tornavam arquivos não reconhecidos pelo Windows. Só era possível ver as imagens no Lightroom, no Adobe Camera Raw ou em outro programa específico para conversão dessas imagens.

Agora a Microsoft colocou a disposição para download gratuito o Microsoft Camera Codec Packque nos trás a possibilidade de visualizar arquivos RAW de uma série de equipamentos (veja lista abaixo) sem a necessidade de conversão para JPEG. Como não gosto de acreditar no me dizem resolvi fazer o teste. Baixei o Codec da página da Microsoft e instalei aqui na máquina. O arquivo possui apenas 4MB e ao baixar é só instalar com dois cliques. Operação completa e fui até a galeria. A visualização acontece sem problema para arquivos Canon e Nikon (mais comuns), mas a Fujiestá fora da lista e não rolou nada com os arquivos RAF.

Ao clicar na imagem ela é aberta no Windows Live Galeria e uma mensagem é mostrada “para editar a foto crie uma cópia em JPEG“. Se quiser fazer essa cópia em JPEG é só ir até o menuArquivo e clicar em criar uma cópia e escolher o local do JPEG. A conversão é automática, mas pode quebrar um galho em uma emergência. Vejam abaixo a lista de câmeras que são suportadas pelo novo Codec.

  • Canon: EOS 1000D (EOS Kiss F in Japan and the EOS Rebel XS in North America), EOS 10D, EOS 1D Mk2, EOS 1D Mk3, EOS 1D Mk4, EOS 1D Mk2 N, EOS 1Ds Mk2, EOS 1Ds Mk3, EOS 20D, EOS 300D (the Kiss Digital in Japan and the Digital Rebel in North America) , EOS 30D, EOS 350D (the Canon EOS Kiss Digital N in Japan and EOS Digital Rebel XT in North America), EOS 400D (the Kiss Digital X in Japan and the Digital Rebel XTi in North America), EOS 40D, EOS 450D (EOS Kiss X2 in Japan and the EOS Rebel XSi in North America), EOS 500D (EOS Kiss X3 in Japan and the EOS Rebel T1i in North America), EOS 550D (EOS Kiss X4 in Japan, and as the EOS Rebel T2i in North America), EOS 50D, EOS 5D, EOS 5D Mk2, EOS 7D, EOS D30, EOS D60, G2, G3, G5, G6, G9, G10, G11, Pro1, S90
  • Nikon: D100, D1H, D200, D2H, D2Hs, D2X, D2Xs, D3, D3s, D300, D3000, D300s, D3X, D40, D40x, D50, D5000, D60, D70, D700, D70s, D80, D90, P6000
  • Sony: A100, A200, A230, A300, A330, A350, A380, A700, A850, A900, DSC-R1
  • Olympus: C7070, C8080, E1, E10, E20, E3, E30, E300, E330, E400, E410, E420, E450, E500, E510, E520, E620, EP1
  • Pentax (PEF formats only): K100D, K100D Super, K10D, K110D, K200D, K20D, K7, K-x, *ist D, *ist DL, *ist DS
  • Leica: Digilux 3, D-LUX4, M8, M9
  • Minolta: DiMage A1, DiMage A2, Maxxum 7D (Dynax 7D in Europe, α-7 Digital in Japan)
  • Epson: RD1
  • Panasonic: G1, GH1, GF1, LX3

terça-feira, 26 de julho de 2011

Time Lapse com 45 mil fotos

Time Lapse. A técnica nada mais é do que um vídeo onde várias fotos, feitas em momentos diferentes no mesmo local, nos fornecem a idéia da passagem do tempo. Embora seja uma coisa muito bacana, e até fácil de fazer, admito que nunca tive tempo para desenvolver um projeto desses. É necessário grande comprometimento para com o trabalho, o que no momento não possuo.

Mas, existem pessoas espalhadas no mundo que nos presenteiam com grandes obras dentro dessa linha de produção. É o caso do francês Ramon (única identificação no profile do vídeo) que registrou durante 3 anos, do mesmo local, a demolição e reconstrução de um prédio. Isso não é pouca coisa. Já vi time lapse com horas, dias, semanas e meses, mas com anos esse é o primeiro que encontro. Não deve tardar a aparecerem outros, A fotografia digital facilitou muito essa prática e só recentemente se tornou acessível a todos. Então é provável que existam mais fotógrafos com projetos de longo prazo que ainda não foram divulgados.

A câmera utilizada foi uma Pentax K110D e foram realizadas 45 mil fotos entre janeiro de 2007 e setembro de 2010. O resultado, que pode ser resumido em um vídeo de cerca de três minutos, é impressionante. Ao final do vídeo, todo o processo é mostrado em apenas 20 segundos.

Composição na Fotografia


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Qual é a função de um histograma?

Na categoria das ferramentas mais mal-compreendidas, o histograma certamente ocupa seu lugar entre os primeiros da lista. Algumas pessoas dizem que não conseguem viver sem; outras, sequer imaginam para que serve e como utilizá-lo na hora de fotografar.
Pois bem: para esclarecer de uma vez o que são histogramas e como decifrá-los, escrevi este artigo. Pegue sua câmera e vamos aos testes!


> PARA QUE SERVE, AFINAL?

Um histograma pode nos dar muitas informações, como:
  • se a imagem foi exposta corretamente
  • se o tipo de luz era dura ou suave
  • quais ajustes funcionam melhor em sua câmera
Nas imagens, cada pixel tem uma cor, que por sua vez foi produzida através de uma combinação de cores primárias (vermelho, verde e azul - ou RGB: red, green eblue). Cada uma dessas cores pode ter um brilho, que varia de 0 a 255 numa imagem digital com profundidade de bits de 8-bits. Um histograma RGB é produzido quando o computador varre a imagem em cada um desses valores de brilho RGB e conta quantos pixels há em cada nível de 0 a 255. O resultado dessa varredura é um histograma semelhante ao da imagem acima.


> TONS

Gama tonal é o nome da região onde a maioria dos valores tonais se encontra. A gama tonal pode variar bastante de uma imagem para outra; portanto, desenvolver um conhecimento acerca de como os números se transformam em valores de brilho é essencial. Não existe um modelo de histograma ideal a ser seguido - cada histograma deve, simplesmente, seguir a gama tonal que o fotógrafo pretende transmitir.

Existe um mito que diz que para a exposição estar correta o gráfico do histograma deve criar uma montanha simétrica (semelhante ao exemplo abaixo), e que se as colunas tenderem para a esquerda ou para a direita a foto sairá super ou sub-exposta. Mas é preciso lembrar que algumas cenas jamais atingirão uma representação como a do gráfico acima. Acontece, por exemplo, quando você enquadra paisagens noturnas ou cenas com predomínio de tons claros. O gráfico irá tender para a esquerda ou para a direita, inevitavelmente, e nem por isso a exposição correspondente será incorreta.



Veja os exemplos abaixo, que resumem o que acabei de explicar:


O close numa flor bege faz com que os registros do histograma se concentrem à direita

Aqui a imagem está com uma boa exposição: os registros estão distribuídos por todo o histograma, os detalhes das partes escuras da imagem foram preservados

Ainda que haja concentração de dados à esquerda do histograma, esta foto também está bem exposta: é possível ver os detalhes das sombras
Já os exemplos abaixo nos mostram quando um histograma pode denunciar uma imagem lavada ou sub-exposta:

Sub-exposição



Exposição normal



Super-exposição
> CONTRASTE
Um histograma também pode descrever quanto contraste há numa determinada imagem. Contraste é a medida da diferença de brilho entre as áreas claras e escuras de uma cena. Histogramas largos são típicos de cenas com bastante contraste; histogramas estreitos resultam de imagens com menos contraste, que podem parecer achatadas e sem-graça.

O contraste alto ou baixo pode ser determinado por uma combinação de fatores de luz e sujeito. Assim: fotos tiradas em condição de neblina ou fumaça terão baixo contraste; fotos tiradas sob sol forte, por outro lado, terão contraste muito mais alto.




O contraste pode ter um impacto visual muito grande se o objetivo é enfatizar texturas (como é o caso da imagem acima, por exemplo). A imagem em alto contraste tem sombras mais profundas e brilho mais pronunciado, criando texturas que saltam aos olhos do espectador.

A medida do contraste também pode variar de acordo com a região de uma mesma imagem, se houver diferentes condições de luz e sujeito nela. Observe a imagem abaixo:



A região ao topo contém mais contraste que as outras, pois a imagem é criada a partir da luz que é refletida diretamente dos objetos. Isso produz sombras mais profundas logo abaixo do barco, e brilhos mais fortes nas áreas acima e expostas. As regiões do meio e de baixo são inteiramente produzidas por luz difusa, luz refletida pela superfície da água, e por isso têm menos contraste - como se a foto fosse tirada sob neblina.

A região de baixo tem mais contraste que a do meio (apesar de apresentar um céu com um único tom de azul), porque ela contém uma combinação de sombra e luz intensa do sol. As condições de luz na parte de baixo criam brilhos mais acentuados, mas mesmo assim ela não apresenta as mesmas sombras profundas que a região do topo. A soma dos histogramas das três regiões produz o histograma geral (abaixo).