sábado, 26 de março de 2011

Panasonic Lumix FP7 – Photoshop Integrado

O mundo é esquisito e a fotografia digital também contribuiu para ele ficar mais bizarro. Hoje, além de fotógrafos, também temos que ser cirurgiões plásticos, pois somos obrigados a eliminar rugas, marcas de expressão e turbinar atributos físicos como seios e glúteos. Se não fizer isso você perde uma cliente. Ela vai para casa feliz por ter um álbum fotográfico bacana, mas que não representa em nenhum ponto a realidade. Mas, as pessoas vivem na ilusão mesmo, e parecem gostar disso.

Algum tempo atrás eu me surpreendi de maneira gigantesca quando notei que até foto 3×4 já possuí uma carga gigantesca de processamento digital. O pior é que é um tratamento equivocado onde as pessoas ficam parecendo bonecos de borracha sem nenhuma textura. Típico tratamento de imagem de quem não sabe direito o que está fazendo ou não tem contato com seres humanos de verdade. Talvez um estagiário nerde. Agora, já não bastando os seres humanos que não sabem manejar adequadamente um programa de edição, a Panasonic colocou no mercado uma câmera que faz isso automaticamente.

A nova Lumix FP7 (custando em torno de US$ 230,00) tem tudo para ser uma compacta bem normal. Possui exagerados 16 megapixels de resolução máxima, visor LCD de 3,5 polegadas sensível ao toque e 4 vezes de zoom ótico. O corpo da câmera é super fino, o que se torna uma vantagem para quem não quer carregar muito volume, e é possível comandar o local do foco com apenas um toque no visor (essa sim uma funcionalidade muito bacana). Porém, o que chama a atenção no equipamento são duas ferramentas de pós-edição digital que tentam (e eu disse apenas tentam) simular os efeitos aplicados em modelos e celebridades nas revistas.

Após capturar o retrato você pode acessar o menu de edição que fica no canto do monitor e utilizar as ferramentas Esthetic e Make-up. O primeiro é responsável por limpar a textura da pele e clarear os dentes. A segunda ferramenta aplica maquiagem virtual nos olhos, bochecha e lábios. Em algum momento da produção do equipamento, alguém achou que isso seria realmente uma boa idéia. Igual aquela câmera, que não me lembro a marca agora, que prometia emagrecer as pessoas ao esticar a foto. Bem, o site Stylelist conseguiu colocar as mãos em um brinquedo desses e saiu às ruas para testar a criança. O resultado é mais ou menos o que eu esperava.

As fotos ficam com uma aparência totalmente artificial e a pessoa se transforma em personagem de algum filme de terror. Sim, eu achei tenebroso. O antes e o depois também mostram que a foto original feita pela câmera possui graves problemas, mas as edições são o que transformam as imagens em frutos de alguma piada de mau gosto. O pior é que o autor da reportagem adorou o efeito e justificou que é muito divertido trabalhar com a câmera, mostrando que esse tipo de bizarrice já se tornou normal em nossa sociedade. Mas, os próprios comentários no texto mostram que os leitores não ficaram tão convencidos assim.

Arquivos RAW – Segurança do Passado?

FONTE: Meio Bit

Aposto que muitos leitores do Meio Bit nunca utilizaram um arquivo RAW em sua vida, mesmo que tenham em mãos uma câmera reflex ou compacta avançada. As desculpas para isso são muitas, entre elas podemos encontrar a dificuldade de editar o arquivo posteriormente ou o fato de caber uma quantidade menor de imagens no cartão de memória. Um amigo que trabalha em um grande estúdio aqui da região apontou que a empresa não possui computadores potentes para abrir uma grande quantidade de arquivos RAW ao mesmo tempo, ao tentar justificar o fato de ainda usarem arquivos JPEG. Mas, você que nunca teve a curiosidade de usar o formato pode me perguntar a vantagem de se utilizar esses arquivos. Vou lhe dar apenas duas razões. A primeira é a qualidade da imagem que é muito maior ao se processar um arquivo RAW em vez de um JPEG. O segundo é o fato da segurança em se ter um negativo digital e provar a autenticidade de sua foto. Pelo menos isso era verdade até a semana passada.

Ao que parece, a empresa russa ElcomSoft afirma ter descoberto uma forma de quebrar o arquivo de proteção das imagens em RAW produzidas pelas câmeras da Canon. Dessa forma, eles podem produzir imagens em formato RAW que não são detectadas como sendo falsas. Para provar a sua afirmação, eles fizeram várias montagens (algumas até bacanas) e salvaram em formato RAW. Em uma delas a Estátua da Liberdade está segurando a foice do símbolo comunista. Até agora, todo mundo está falando sobre a questão de concursos fotográficos, onde o arquivo é exigido pelas comissões julgadoras para comprovar a propriedade da foto. Porém, existem outras implicações mais profundas. Fico extremamente preocupado com a contestação de fotos em casos de perícias judiciais ou quando temos que processar alguém por uso indevido da imagem. Creio que a Canon vai tomar medidas para modificar o sistema de suas câmeras, mas o estrago já está feito. Se uma empresa consegue decodificar o sistema de proteção das imagens, outras também vão conseguir.

Até hoje, a Canon vende o seu Canon Original Data Security Kit como o mais confiável sistema de validação de imagens em RAW. Agora tudo parece ter ido por água a baixo. A ElcomSoft é uma empresa que tem por especialidade quebrar sistemas, decodificar passwords, chaves criptografadas e anunciou suas descobertas em relação à autenticidade de imagens em uma conferência para a imprensa. Se eu fosse da cúpula gerencial da Canon, trataria rapidamente de modificar todo o sistema, ao mesmo tempo em que mandaria um grupo de ninjas assassinos para a Rússia.

crack_canon

terça-feira, 22 de março de 2011

A Aurora por Terje Sorgjerd

A Aurora Boreal é um fenômeno óptico composto de um brilho que pode ser observado nos céus durante a noite nas regiões polares, resultante do impacto de partículas de vento solar e a poeira espacial encontrada na via láctea com a alta atmosfera da Terra que são canalizadas pelo campo magnético terrestre e produzem o lindo efeito que foi registrado por Terje Sorgjerd nesse magnífico vídeo.


sábado, 12 de março de 2011

Bastidores do comercial “Igrejas” da Canon

Mais uma peça do marketing? Talvez, mas o vídeo abaixo, que mostra os bastidores da produção, nos revela algumas informações interessantes sobre o mercado publicitário Brasileiro. Mais da metade do que é produzido atualmente no Brasil dentro da área de vídeo publicitário, é feito com uma EOS 5D Mark II. A câmera chegou para revolucionar, pois oferece qualidade e preço baixo (pelo menos se comparado com as filmadoras digitais de alta definição). Essa mudança eu já havia constatado durante a Photo Image Brazil 2010, onde um grande número de publicitários se apertou junto a fotógrafos para ver as demonstrações da câmera e pela mudança no próprio mercado local de produção de vídeos. Também me impressionou o cineasta mineiro que veio até uma cidade vizinha filmar um documentário apenas com uma Rebel T2i (aguardem uma entrevista muito bacana).

Fotógrafos podem estar um pouco desligados do processo (pelo menos alguns que conheço), mas estamos vivendo uma mudança de hábitos no que diz respeito a produção de vídeos. E tudo isso causado por uma câmera fotográfica.


FONTE: Gilson Lorenti no Meio Bit

quarta-feira, 9 de março de 2011

Lumix GH2, da Panasonic


A Lumix GH2, da Panasonic, é uma câmera com tecnologia Micro Four Thirds que faz de tudo: grava filmes em full HD com reais 1080p, tem um novo sensor de 16MP e tela sensível ao toque, além de ter uma arma secreta: compatibilidade com lentes intercambiáveis 3D.

A Panasonic está bem orgulhosa com a GH2, que ela afirma ser a “a melhor câmera de nível profissional com Digital Single Lens Micro até então”. O que significa fotos e vídeos com qualidade altíssima, começando com o novo sensor LIVE MOS de 16MP e o novo processador de imagem Venus Engine, permitindo que você tire fotos de 14MP enquanto grava vídeos, além de poder fotografar com resolução máxima a 5 fps.

O vídeo, que permite autofoco por toque e taxa de frames variáveis – 80 através de 300% – é muito impressionante também. Há um modo de vídeo de 1080/60i, que pode gravar até 1080/24p a 24Mbps. Por trás disso tudo há uma tela de LCD de 3 polegadas com 460.000 pontos, que permite autofoco por toque, seleção de menu, e todo o resto.

O pessoal do DigitalCameraInfo já pegou a belezinha na mão e, apesar de não ter gostado muito da falta de capacidade em filmar vídeos de 1080p com 60 fps (leia-se vídeo em 3D), eles não tiveram medo de dizer que ela é a nova melhor câmera de sua classe.

A Panasonic também anunciou três novas lentes: a Lumix G de 14 mm / F2.5, de U$400, que eles afirmam ser a lente focal única intercambiável mais leve do mundo; a Lumix G Vario para telefoto com 100-300mm / F4.0-5.6 / Mega O.I.S. De U$600; e, preste atenção, uma LUMIX G 12.5mm / F12, de U$250, a primeira lente 3D intercambiável.

A lente em si tem dois sistemas ópticos, armazenando duas fotos simultaneamente e combinando-as com um processador de imagem 3D. A Panasonic diz que as fotos 3D ficarão particularmente impressionantes em uma TV3D Viera.

Modelo fica sem um braço em catálogo

Para o espanto de boa parte do mundo, o novo catálogo da grifeVictoria’s Secret trouxe uma falha, digamos, grotesca. A modelo Marisa Miller, uma das modelos norte-americanas mais famosas do mundo, aparece sem um braço. Poderia ser apenas um erro de ângulo ou uma perspectiva, mas dá para notar bem na borda da camiseta o recorte para fundir a modelo com o fundo. Ou seja, no processo de edição sem querer ou com intenção, o membro da bela modelo foi removido. Como a camisa é bem justa, obrigatoriamente, deveria existir no outro lado um pedacinho de braço. Neste caso, foi falha de edição, mas os fotógrafos correm esse risco em cada ensaio ou casamento. Todo cuidado é pouco! Para não ficar dúvida de que Marisa Miller possui dois braços, veja abaixo algumas fotos que mostram a beleza da modelo em todas as suas formas.

FONTE: Altair hoppe

terça-feira, 1 de março de 2011

NASA produz foto da Lua com 576 Megapixels


Astrofotografia é o maior barato. Fotografar as estrelas é uma coisa que atrai a qualquer fotógrafo. Infelizmente, não é qualquer equipamento que consegue um resultado bacana. Porém, podemos contemplar as belas imagens feitas pelos satélites em órbita ou pelos centros de pesquisa. A NASA, juntamente com a Universidade do Arizona e o projeto Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (LROC), acabam de liberar para o público uma imagem feita da Lua com definição de 576 megapixels (24 mil pixels em cada lado). Essa é, até agora, a maior foto já feita do satélite.

O Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (LROC) é um projeto que tem dois objetivos. Mapear zonas que se encontram permanentemente na escuridão lunar e encontrar novos pontos de pouso para missões terrestres. O LROC é composto por duas câmeras grande angulares acopladas a um satélite que está em órbita da Lua. Ele é uma adaptação do Mars Reconnaissance Orbiters ConTeXt Camera (CTX) que executou o mesmo trabalho em Marte.

A imagem original, que está salva em TIFF está disponível no site do LROC. Só lembrando que, mesmo sendo uma imagem monocromática, ela possui 500 MB de tamanho.

luna_nasa_576MP

FONTE: Gilson Lorenti Meio Bit